Doenças ocupacionais mais comuns no Brasil: veja sintomas, prevenção e direitos
Doenças ocupacionais mais comuns no Brasil incluem LER/DORT, doenças respiratórias, dermatites, transtornos psicológicos e perda auditiva, frequentemente associadas a ambientes inadequados, funções repetitivas e falta de prevenção eficaz, sendo fundamental atenção aos sintomas, uso de EPIs, pausas regulares e busca de direitos trabalhistas em caso de diagnóstico.
Doenças ocupacionais mais comuns no Brasil afetam milhões de pessoas que, às vezes, nem percebem os riscos no próprio trabalho. Já se pegou sentindo dor nas costas depois de um dia puxado ou notou aquela tosse persistente sem motivo aparente? Talvez nem seja só cansaço. Bora entender juntos os sinais, riscos e como proteger seu espaço no trabalho?
Principais doenças ocupacionais registradas no país
No Brasil, as doenças ocupacionais atingem diferentes setores, impactando a saúde de milhões de trabalhadores. Entre as principais doenças ocupacionais registradas no país estão as lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), como tendinites e bursites. Elas são frequentes em profissões que exigem movimentos repetitivos, como digitadores, operadores de caixa e trabalhadores de linha de montagem.
Outro grupo relevante envolve as doenças respiratórias ocupacionais, como as causadas pela exposição prolongada a poeiras, produtos químicos ou agentes biológicos, sendo comuns em trabalhadores da construção civil, indústrias e limpeza. Exemplos incluem asma ocupacional e silicose.
As doenças de pele, como dermatites de contato, ocorrem bastante em setores industriais, agrícolas e da saúde, devido ao contato direto com substâncias irritantes. Ainda se destacam as doenças psicológicas relacionadas ao trabalho, como estresse, ansiedade e depressão, intensificadas em ambientes com alta pressão e jornadas excessivas.
Não menos importantes são as doenças auditivas, resultantes de ambientes ruidosos, sendo frequentes entre operários, metalúrgicos e profissionais do setor de transportes.
Fatores de incidência e notificações
O número de registros dessas doenças ainda é subestimado, pois muitos casos não são notificados ou associados ao contexto ocupacional. Fique atento aos sintomas e à importância do diagnóstico precoce para garantir tratamento e seus direitos trabalhistas.
Fatores de risco: ambientes e funções mais vulneráveis
Os fatores de risco para o surgimento de doenças ocupacionais estão diretamente ligados ao tipo de ambiente de trabalho e à função desempenhada. Locais com má ergonomia, como escritórios sem adaptações adequadas, favorecem lesões por esforço repetitivo e dores musculares. Já os setores industriais e da construção civil expõem trabalhadores a ruídos intensos, poeiras e agentes químicos, aumentando os riscos de problemas auditivos e respiratórios.
Funções de maior vulnerabilidade
Profissionais que atuam com movimentos repetitivos, como digitadores, operários e costureiras, têm risco elevado de desenvolver LER/DORT. Trabalhadores da área da saúde e limpeza ficam vulneráveis ao contato com agentes biológicos, podendo contrair doenças infecciosas. Agricultores e quem lida com agrotóxicos enfrentam riscos tóxicos para pele e sistema respiratório.
Ambientes com pressão excessiva e cobranças constantes aumentam o estresse ocupacional, influenciando a saúde mental. Iluminação inadequada, falta de pausas e postura incorreta são fatores muitas vezes negligenciados, mas que impactam no aparecimento de problemas físicos e emocionais.
Sintomas frequentes e sinais de alerta que você não deve ignorar
O reconhecimento precoce dos sintomas frequentes pode evitar complicações das doenças ocupacionais. Grande parte dos trabalhadores nota dores musculares, especialmente nas costas, ombros e punhos, durante ou após a jornada. Sensações de formigamento, dormência em mãos e braços, podem indicar LER/DORT.
Outro sinal importante é a dificuldade para respirar ou tosse persistente em ambientes com poeira, produtos químicos ou mofo. Cansaço excessivo, dores de cabeça constantes e insônia podem ser reflexos do estresse ocupacional.
Alerta para sintomas psicológicos
Alterações de humor, irritabilidade, tristeza sem motivo aparente e ansiedade também são sinais de que algo não vai bem. Zumbido nos ouvidos e perda gradual de audição em locais barulhentos devem ser cuidadosamente observados.
Se algum desses sintomas aparecer de forma recorrente, procure atendimento especializado e informe o médico sobre seu ambiente de trabalho, favorecendo um diagnóstico correto.
Como proceder em casos de suspeita de doença ocupacional
Ao perceber sintomas ou suspeitar de uma doença ocupacional, o primeiro passo é relatar ao setor de recursos humanos ou supervisor sobre o problema. Procure imediatamente um atendimento médico, de preferência ocupacional, para que o profissional avalie sua condição e relacione os sintomas com seu trabalho.
Exames, documentação e acompanhamento
Após a consulta, o médico pode solicitar exames específicos para diagnóstico e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), importante para registrar a relação entre trabalho e saúde. Mantenha cópias de laudos, atestados e relatórios médicos.
Com a confirmação do diagnóstico, é fundamental comunicar a empresa e registrar a suspeita ou confirmação junto ao INSS, através da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), garantindo direitos trabalhistas e previdenciários.
Caso necessário, peça o afastamento para tratamento e siga as orientações médicas corretamente, evitando agravamento da condição.
Direitos do trabalhador diante da doença no ambiente de trabalho
Quando um colaborador é diagnosticado com doença ocupacional, alguns direitos são garantidos por lei. Entre eles, está o direito ao afastamento com estabilidade, quando necessário, com recebimento do auxílio-doença após o registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) junto ao INSS.
Garantias trabalhistas e previdenciárias
O profissional não pode ser demitido sem justa causa durante o período de estabilidade, geralmente de 12 meses após a alta médica. Além disso, o empregador deve assegurar o retorno ao trabalho em condição compatível com a saúde do trabalhador, podendo incluir realocação em outra função se necessário.
O empregado tem direito ao tratamento médico adequado, emissão de atestados, exames e acompanhamento do serviço de saúde do trabalho. Caso haja sequelas permanentes, são possíveis indenizações, reabilitação profissional e pensão mensal.
A orientação jurídica pode ser útil para garantir que todos os direitos sejam respeitados. O acesso à informação e à assistência adequada faz diferença na proteção do trabalhador.
Dicas práticas para prevenção e promoção da saúde laboral
Manter a saúde no ambiente de trabalho exige atitudes simples que previnem doenças ocupacionais. Respeitar pausas e intervalos, alternando tarefas ao longo do dia, diminui a sobrecarga física e mental. Ajustar a postura na cadeira e mesa, e utilizar equipamentos ergonômicos, evita dores nas costas e LER/DORT.
Importância do uso de EPIs e hábitos saudáveis
Utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados é fundamental em ambientes de risco, como máscaras, luvas e protetores auriculares. Manter o ambiente limpo, iluminado e ventilado contribui para a saúde respiratória e bem-estar.
Cultivar hábitos saudáveis fora do expediente faz diferença: pratique atividades físicas, alimente-se bem e cuide da hidratação. Checar regularmente a saúde com exames médicos é outra forma eficaz de prevenção.
Promover a consciência coletiva e buscar orientação do setor de saúde ocupacional da empresa garante um ambiente mais seguro e produtivo para todos.
Cuide da sua saúde no trabalho e valorize seus direitos
Cuidar da saúde no ambiente de trabalho é essencial para evitar doenças ocupacionais comuns no Brasil. Ficar atento aos sintomas, procurar atendimento médico e conhecer seus direitos fazem toda a diferença na qualidade de vida. Com pequenas mudanças nos hábitos diários e apoio da empresa, é possível promover um ambiente mais seguro, produtivo e saudável para todos.
Lembre-se: sua saúde vem sempre em primeiro lugar.
FAQ – Perguntas frequentes sobre doenças ocupacionais mais comuns no Brasil
Quais são as doenças ocupacionais mais relatadas no Brasil?
Lesões por esforços repetitivos (LER), doenças respiratórias, dermatites, distúrbios psicológicos e perda auditiva são as mais frequentes.
Como saber se minha doença está relacionada ao trabalho?
Fique atento a sintomas como dores recorrentes, cansaço excessivo ou alergias e relate ao médico seu ambiente de trabalho para investigação.
O que devo fazer ao suspeitar de doença ocupacional?
Procure um médico, informe a empresa, guarde exames e laudos, e registre a suspeita por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Tenho direito a afastamento remunerado caso seja diagnosticado?
Sim, se houver necessidade de afastamento, você pode receber auxílio-doença do INSS e terá estabilidade no emprego pelo período legal.
Quais práticas ajudam a prevenir doenças ocupacionais?
Realizar pausas, usar EPIs, manter boa postura, praticar atividades físicas e realizar exames médicos periódicos são atitudes essenciais para prevenção.
A empresa pode ser responsabilizada caso a doença seja comprovada?
Sim, a empresa deve garantir condições seguras e pode ser responsabilizada, inclusive com obrigação de indenização, caso haja falha na prevenção.