Todo Motoboy Tem Direito à Periculosidade? Esclareça Suas Dúvidas

Todo motoboy tem direito ao adicional de periculosidade quando comprova exposição habitual e permanente a riscos no trânsito, transporte de cargas perigosas ou locais inseguros, conforme previsto na legislação trabalhista e respaldado por perícias técnicas e decisões judiciais.

Se você já se perguntou se todo motoboy tem direito a periculosidade, está no lugar certo para entender melhor esse tema tão importante e cheio de detalhes que você nem imagina.

Entenda o que é o adicional de periculosidade

O adicional de periculosidade é um benefício previsto na legislação trabalhista brasileira destinado aos trabalhadores expostos a atividades que envolvem riscos acentuados à integridade física. Ele corresponde a um acréscimo de 30% sobre o salário-base, pago para compensar o aumento do perigo no ambiente de trabalho.

Esse adicional está previsto no artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e inclui atividades como o manuseio de materiais inflamáveis, explosivos, energia elétrica e, em muitos casos, o trabalho em altura ou com veículos automotores, que são comuns na rotina dos motoboys.

Quem tem direito ao adicional de periculosidade?

Para que o trabalhador receba esse adicional, é necessário que a atividade exercida esteja listada nas normas regulamentadoras e que o ambiente de trabalho apresente riscos reais e comprovados. A caracterização exige análise técnica por meio de perícias que avaliem as condições de risco.

No caso dos motoboys, o adicional pode ser aplicado devido à exposição constante a trânsito intenso, riscos de acidentes e transporte de cargas perigosas. Porém, não basta apenas o fato de pilotar uma motocicleta; é preciso que o trabalho esteja enquadrado nas condições descritas pela lei e normas específicas.

Importância do adicional para os motoboys

Esse adicional é uma forma de reconhecer o perigo que esses profissionais enfrentam diariamente, garantindo uma compensação econômica justa. Muitas vezes, o adicional pode representar uma diferença significativa na remuneração e na valorização do trabalho realizado.

Portanto, entender o que é o adicional de periculosidade ajuda os motoboys a saberem seus direitos e lutar por eles de forma consciente e embasada.

Quais atividades dos motoboys configuram periculosidade

As atividades dos motoboys que configuram o direito ao adicional de periculosidade estão diretamente relacionadas à exposição a riscos que podem causar danos graves ou a morte durante o desempenho do trabalho. Entre as principais situações estão o trânsito intenso, o transporte de cargas perigosas, e o trabalho em locais de alta exposição a riscos à integridade física.

Riscos no trânsito urbano

O principal fator que justifica a periculosidade para motoboys é a exposição constante a acidentes de trânsito, que são frequentes devido à velocidade, condições precárias das vias e o convívio com veículos maiores e pesados. Isso inclui riscos de colisão, quedas e atropelamentos.

Transporte de materiais perigosos

Outra atividade que pode garantir o adicional é o transporte de cargas consideradas perigosas, como produtos inflamáveis, explosivos ou que apresentem risco à saúde. Nesses casos, o manuseio e o transporte exigem cuidados especiais, colocando o motoboy em situação de risco constante.

Entrega em locais de risco

Motoboys que atuam em áreas com alta criminalidade ou que precisam acessar ambientes com condições precárias de segurança podem ser enquadrados para receber o adicional. A exposição a assaltos, violência e condições inseguras justifica a periculosidade.

Para garantir o direito, é importante que essas condições sejam documentalmente comprovadas, muitas vezes por meio de laudos técnicos ou perícias judiciais, atestando a exposição a perigo real.

Critérios legais para reconhecimento do direito

O reconhecimento do direito ao adicional de periculosidade para motoboys segue critérios legais específicos estabelecidos principalmente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Norma Regulamentadora nº 16 (NR-16). Para que o trabalhador tenha direito ao adicional, é preciso comprovar a exposição a atividades perigosas de forma constante e habitual.

Base legal e normas aplicáveis

O artigo 193 da CLT define as atividades e operações consideradas perigosas. Já a NR-16 detalha as condições que caracterizam ambientes de trabalho com periculosidade, incluindo o trânsito de veículos automotores e transporte de materiais perigosos. Esses documentos são essenciais para a análise e reconhecimento do direito.

A necessidade de perícia técnica

Para comprovar o direito, geralmente é realizada uma perícia técnica que analisa as condições reais de trabalho. O perito avalia fatores como a natureza do trabalho, frequência da exposição ao risco e medidas de segurança adotadas. Somente com um laudo técnico favorável o adicional pode ser concedido.

Caracterização de risco habitual e permanente

O trabalhador deve estar exposto ao risco de forma habitual e permanente, não apenas eventual ou ocasional. Isso significa que o perigo deve fazer parte da rotina do profissional, como ocorre com motoboys que trafegam diariamente sob condições de risco.

Além disso, o empregador deve respeitar as normas de segurança e oferecer equipamentos adequados para minimizar esses riscos, mas isso não elimina o direito ao adicional. Portanto, o reconhecimento depende da comprovação da periculosidade e do cumprimento dos requisitos legais.

A influência da legislação trabalhista e normas do trabalho

A legislação trabalhista brasileira, especialmente a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), junto com as Normas Regulamentadoras (NRs), tem papel fundamental no reconhecimento do direito ao adicional de periculosidade para motoboys. Essas regras estabelecem os parâmetros para identificar ambientes de trabalho perigosos e os direitos dos trabalhadores expostos a riscos.

O papel da CLT

A CLT define as atividades consideradas perigosas no seu artigo 193, incluindo aquelas que envolvem contato com inflamáveis, explosivos, energia elétrica e veículos automotores em condições de risco. Para motoboys, o trânsito intenso e a exposição ao perigo cotidiano entram nessa categoria.

Norma Regulamentadora 16 (NR-16)

A NR-16 detalha as condições específicas que caracterizam periculosidade, ressaltando a necessidade da exposição habitual e permanente ao risco. Esta norma guia a análise técnica empregada em perícias para garantir que apenas quem realmente está em situação de risco receba o adicional.

Outras normas aplicáveis

Além da NR-16, outras normas podem influenciar, como a NR-06 sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que obriga o empregador a fornecer proteção adequada. Contudo, o uso de EPIs não elimina o direito ao adicional se o risco permanecer presente.

Portanto, a legislação trabalhista e as normas do trabalho atuam como base para assegurar segurança e direitos dos motoboys, visando equilibrar a exposição aos riscos com a justa compensação financeira.

Análise da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem um papel decisivo na definição do direito dos motoboys ao adicional de periculosidade. O TST analisa casos concretos considerando a legislação e as provas apresentadas para garantir que os trabalhadores em situação de risco sejam devidamente compensados.

Decisões recentes e tendências

Em várias decisões, o TST reforçou que o direito ao adicional depende da comprovação efetiva da exposição ao risco habitual, destacando que não basta a simples pilotagem de motocicleta, mas a demonstração dos riscos inerentes à atividade.

O Tribunal tem considerado fatores como a intensidade do trânsito, o tipo de carga transportada e o tempo de exposição ao perigo. Essas decisões são importantes para uniformizar o entendimento da lei e proteger os direitos dos trabalhadores.

Importância dos laudos periciais

O TST destaca a necessidade de laudos periciais para fundamentar as decisões. Esses documentos técnicos validam a existência do risco e garantem uma análise justa e precisa do pedido do adicional de periculosidade.

Assim, a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho oferece parâmetros claros para empregadores e trabalhadores, auxiliando na resolução de conflitos e na garantia dos direitos previstos em lei.

Exemplos práticos em decisões judiciais recentes

Nos últimos anos, diversas decisões judiciais têm reafirmado o direito dos motoboys ao adicional de periculosidade, reforçando a importância da exposição constante a riscos durante o trabalho.

Decisão favorável em caso de acidente de trânsito

Um exemplo prático é a decisão de um Tribunal Regional do Trabalho que reconheceu o direito ao adicional para um motoboy que sofreu acidente no cumprimento da entrega. O juízo considerou a periculosidade inerente ao trânsito intenso e à velocidade exigida.

Reconhecimento do adicional para transporte de cargas perigosas

Em outro caso, um motoboy que realizava transporte de produtos inflamáveis obteve decisão favorável ao comprovar, por meio de perícia, a exposição ao risco habitual. O tribunal ressaltou que a atividade exige cuidados especiais que ampliam o risco.

Importância dos laudos periciais

Esses exemplos mostram que a prova técnica é fundamental para o reconhecimento do direito. Os laudos demonstram as condições do trabalho e comprovam a existência do risco, baseando as decisões judiciais em fatos e evidências.

Assim, o histórico recente da justiça trabalhista evidencia a valorização dos direitos dos motoboys que atuam em condições perigosas, reforçando a necessidade de conhecimento e reivindicação desses direitos.

Dicas para motoboys solicitarem o adicional de periculosidade

Para os motoboys que desejam solicitar o adicional de periculosidade, algumas dicas práticas podem facilitar o reconhecimento desse direito.

Documente as condições de trabalho

É essencial manter registros detalhados das atividades diárias, especialmente sobre as situações de risco enfrentadas no trânsito, o tipo de carga transportada e os horários de exposição. Fotos, vídeos e anotações podem servir como provas importantes.

Solicite um laudo técnico

Um laudo pericial elaborado por um profissional habilitado é fundamental para comprovar a presença da periculosidade no trabalho. Caso o empregador não forneça, o motoboy pode solicitar auxílio judicial para realizar a perícia.

Conheça seus direitos

É importante que o motoboy esteja informado sobre a legislação trabalhista e as normas regulamentadoras, para saber exatamente quando tem direito ao adicional e como proceder para reclamá-lo.

Procure orientação jurídica

Consultar um advogado especializado em direito trabalhista pode ajudar a esclarecer dúvidas, preparar a documentação necessária e conduzir o processo de forma adequada.

Formalize o pedido

O pedido do adicional deve ser feito por escrito, preferencialmente por meio de comunicação formal à empresa, para que fique registrado o interesse e a reivindicação.

Seguindo essas dicas, o motoboy aumenta suas chances de ter o direito reconhecido e receber o adicional de periculosidade de forma justa.

Entendendo e reivindicando seu direito ao adicional de periculosidade

Reconhecer o direito ao adicional de periculosidade é fundamental para valorizar o trabalho dos motoboys, que enfrentam riscos diários no trânsito e em suas atividades.

Com o apoio da legislação, normas e decisões judiciais, esses profissionais podem garantir uma compensação justa pelo perigo a que estão expostos. Estar bem informado, documentar as condições de trabalho e buscar orientação legal são passos importantes para assegurar esse direito.

Assim, motoboys mais conscientes e preparados podem conquistar melhores condições e uma remuneração adequada, valorizando sua segurança e esforço no dia a dia.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o direito ao adicional de periculosidade para motoboys

Todo motoboy tem direito ao adicional de periculosidade?

Não necessariamente. O direito depende da comprovação da exposição habitual e permanente a riscos que configurem a periculosidade no trabalho.

Quais atividades dos motoboys configuram periculosidade?

Atividades que envolvem trânsito intenso, transporte de cargas perigosas e entrega em locais de risco configuram periculosidade.

Como posso comprovar o direito ao adicional de periculosidade?

A comprovação geralmente exige um laudo pericial que ateste a exposição aos riscos no ambiente de trabalho.

O uso de equipamentos de proteção elimina o direito ao adicional?

Não. Mesmo com o uso de EPIs, se o trabalhador estiver exposto a riscos habituais e permanentes, o direito ao adicional permanece.

Quais são os critérios legais para o reconhecimento do adicional?

Os critérios incluem a presença de risco habitual e permanente, análise técnica por perícia e enquadramento conforme as normas da CLT e NR-16.

Como solicitar o adicional de periculosidade?

O motoboy deve documentar as condições de trabalho, solicitar perícia técnica se necessário, formalizar o pedido por escrito e buscar orientação jurídica para garantir seus direitos.

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Motoboy tem direito ao adicional de periculosidade? Saiba o que diz a lei

Adicional de periculosidade motoboy é um benefício trabalhista que garante 30% a mais sobre o salário-base para motoboys expostos a riscos constantes, como acidentes de trânsito e violência urbana, sendo necessário comprovar a periculosidade por meio de documentos e laudos técnicos.

Adicional de periculosidade motoboy é um assunto que gera dúvidas para quem trabalha com motofrete. Será que todo motoboy tem direito ao benefício? Vamos destrinchar o que a lei fala e como tribunais têm decidido, para você entender seus direitos na prática.

O que diz a legislação sobre periculosidade para motoboys

A legislação brasileira prevê o adicional de periculosidade para trabalhadores que atuam em condições de risco. No caso dos motoboys, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e normas regulamentadoras indicam que o transporte de cargas perigosas, exposição a roubos e acidentes de trânsito constantes podem caracterizar a atividade como perigosa.

O artigo 193 da CLT define quais atividades são consideradas perigosas, incluindo aquelas que envolvem contato permanente com inflamáveis, explosivos ou energia elétrica. Para motoboys, a questão é mais debatida, já que nem todas as entregas envolvem riscos diretamente enquadráveis no artigo, mas sim fatores de risco externos, como trânsito e violência urbana.

Além disso, a Norma Regulamentadora NR-16 trata das condições de periculosidade, porém a aplicação para motoboys ainda depende de interpretação. Por isso, ainda que exista precedente jurídico que reconhece o direito ao adicional para motoboys, a legislação não é totalmente clara, gerando debates e diferentes decisões judiciais.

É fundamental analisar cada caso com atenção, considerando o tipo de carga transportada, o ambiente de trabalho e os riscos enfrentados diariamente pelo motoboy. O entendimento da legislação pode variar de acordo com a localidade e a interpretação dos tribunais trabalhistas.

Comparação entre periculosidade e insalubridade no motofrete

No universo do trabalho, os adicionais de periculosidade e insalubridade são benefícios previstos por lei para proteger o trabalhador exposto a riscos. No caso dos motoboys, é importante compreender as diferenças entre essas duas categorias para saber qual adicional é aplicável.

O que é adicional de periculosidade?

O adicional de periculosidade é concedido quando o trabalho apresenta riscos iminentes de acidentes, como exposição a inflamáveis, explosivos ou violência no trânsito. Para motoboys, isso inclui riscos de acidentes e violência urbana, já que estão constantemente expostos a situações perigosas durante as entregas.

O que é adicional de insalubridade?

Já o adicional de insalubridade é voltado para trabalhadores que ficam expostos a agentes nocivos à saúde, como ruídos, calor excessivo, poeira, gases ou produtos químicos. Motoboys, em geral, não são enquadrados nessa categoria, a não ser em casos específicos que envolvam exposição a agentes prejudiciais no ambiente de trabalho.

Principais diferenças entre os dois adicionais

O adicional de periculosidade tem um percentual fixo de 30% sobre o salário, e ocorre por risco de acidentes. Já o adicional de insalubridade varia entre 10% e 40%, dependendo do grau do agente nocivo e de laudos técnicos que comprovem a exposição.

Enquanto a periculosidade está ligada a riscos imediatos e visíveis, a insalubridade se refere a danos à saúde a longo prazo, causados por agentes físicos, químicos ou biológicos.

Para motoboys, a principal reivindicação costuma ser o adicional de periculosidade, dado o contexto de risco no trânsito e potencial exposição a assaltos e acidentes, mas cada situação deve ser avaliada conforme as condições de trabalho específicas.

Principais decisões judiciais sobre adicional de periculosidade para motoboys

Nos últimos anos, diversas decisões judiciais têm influenciado a concessão do adicional de periculosidade para motoboys no Brasil. Os tribunais trabalhistas têm analisado casos considerando as condições reais de trabalho, a exposição a riscos e as características das atividades desempenhadas.

Reconhecimento do direito ao adicional

Em várias decisões, a Justiça do Trabalho reconheceu que motoboys têm direito ao adicional de periculosidade, principalmente quando expostos a risco de acidentes de trânsito, assaltos e manuseio de cargas perigosas.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) já se manifestou em sentido favorável ao reconhecimento do adicional em casos específicos, ressaltando que o risco constante justifica a indenização.

Critérios estabelecidos pelos tribunais

Os tribunais avaliam a existência de riscos reais e permanentes, não apenas eventuais. Para isso, analisam laudos técnicos, depoimentos e documentação que demonstrem as condições de trabalho.

Outro ponto importante é se o trabalhador utiliza equipamentos de proteção e se a empresa adota medidas para minimizar os riscos.

Casos que negaram o adicional

Há também decisões que negaram o direito ao adicional de periculosidade, principalmente quando o motoboy atua em entregas em áreas consideradas menos perigosas ou quando não há comprovação dos riscos alegados.

Esses julgados reforçam a necessidade de comprovação detalhada para garantir o benefício.

Portanto, a jurisprudência indica que o reconhecimento do adicional depende de uma análise cuidadosa das condições específicas de cada caso.

Quem tem direito ao adicional: condições e requisitos

O direito ao adicional de periculosidade para motoboys depende de condições específicas definidas pela legislação e pela interpretação dos tribunais. Nem todo motoboy automaticamente recebe esse benefício; é necessário cumprir certos critérios claros.

Atividade exposta a riscos

Para ter direito, o motoboy deve exercer uma atividade que exponha o trabalhador a riscos graves, como acidentes de trânsito frequentes, manipulação de cargas perigosas ou exposição a violência urbana durante o trabalho. A exposição constante e inerente à função é fundamental para a concessão do adicional.

Comprovação da periculosidade

A comprovação pode ser feita por meio de laudos técnicos elaborados por profissionais especializados, que avaliem as condições do ambiente de trabalho. Esses documentos são essenciais para fundamentar o pedido pelo adicional em processos trabalhistas ou negociações com o empregador.

Equipamentos de proteção

O uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) pode influenciar na avaliação. Em alguns casos, mesmo com EPIs, o adicional de periculosidade é devido, pois os riscos são inerentes à atividade, mas a ausência ou uso inadequado pode reforçar o direito.

Vínculo empregatício

O benefício é devido a motoboys com vínculo empregatício formal e que realizam atividades sob condições de periculosidade. Trabalhadores autônomos ou sem contrato podem enfrentar dificuldades para reivindicar o adicional.

Portanto, para garantir o direito, é essencial verificar a exposição real ao risco, contar com documentos comprobatórios e estar formalmente vinculado à empresa.

Como o adicional de periculosidade impacta a remuneração do motoboy

O adicional de periculosidade representa um acréscimo no salário do motoboy, alterando diretamente sua remuneração mensal. Ele corresponde a 30% do salário-base, conforme previsto na legislação trabalhista.

Cálculo do adicional de periculosidade

O valor do adicional é calculado sobre o salário base do trabalhador, sem incluir outras verbas como horas extras ou comissões. Por exemplo, se um motoboy recebe R$ 1.500,00 como salário-base, o adicional de periculosidade será de R$ 450,00 mensais.

Influência no rendimento total

Esse adicional pode representar uma melhoria significativa na renda do motoboy, principalmente para aqueles que enfrentam riscos constantes no desempenho da função. Isso ajuda a compensar o perigo a que o trabalhador está exposto durante o trabalho.

Impacto nos benefícios

Também há impacto na base de cálculo de férias, 13º salário e repouso semanal remunerado, visto que o valor do adicional de periculosidade integra o salário para esses fins. Isso significa que o motoboy recebe um benefício maior e melhor amparado.

Aspectos legais e negociações

Empresas devem observar a legislação para garantir o pagamento correto, evitando passivos trabalhistas. Além disso, é comum que a negociação desse adicional seja tema de acordos coletivos, por isso é importante estar atento às regras específicas da categoria.

Passo a passo para requerer o adicional na justiça

Para requerer o adicional de periculosidade na justiça, o motoboy deve seguir um processo claro e organizado para garantir seus direitos. Existem etapas importantes que facilitam o sucesso da reivindicação e evitam atrasos no processo.

1. Reunir provas do risco

É necessário coletar documentos que comprovem a exposição ao perigo, como fotos, vídeos, laudos técnicos, relatórios de acidentes e depoimentos. Essas provas fortalecem o pedido na Justiça do Trabalho.

2. Consultar um advogado especializado

Um profissional experiente em direito trabalhista pode orientar sobre os passos adequados, ajudar a organizar os documentos e elaborar a petição inicial. Essa consulta é fundamental para entender as especificidades do caso.

3. Entrar com a reclamação trabalhista

O advogado deve protocolar a ação na vara do trabalho competente, detalhando o pedido do adicional de periculosidade e anexando as provas coletadas.

4. Participar das audiências

O motoboy e seu advogado comparecem às audiências para apresentar argumentos, ouvir a parte contrária e tentar um acordo. Estar presente é essencial para o andamento do processo.

5. Aguardar a decisão judicial

Após as audiências, o juiz analisará as provas e argumentos para proferir a sentença. Se o pedido for aceito, o motoboy terá direito ao pagamento do adicional e possíveis valores retroativos.

6. Cumprir os prazos e recursos

É importante acompanhar os prazos para apresentar recursos em caso de decisão desfavorável, sempre com o apoio do advogado.

Seguindo essas etapas com organização e assessoria jurídica, o motoboy aumenta as chances de obter sucesso na reivindicação do adicional na justiça.

Erros comuns e como evitar problemas na reivindicação do adicional

Ao reivindicar o adicional de periculosidade, muitos motoboys cometem erros que podem comprometer o sucesso do pedido. Conhecer esses equívocos é essencial para evitar problemas e garantir os direitos trabalhistas.

Falta de documentação adequada

Um erro comum é não reunir documentos que comprovem a exposição ao risco, como laudos técnicos ou registros de acidentes. Sem essas provas, o pedido pode ser negado pela justiça.

Não consultar um advogado especializado

Tentar fazer a reivindicação sem ajuda legal pode resultar em petições mal elaboradas ou falta de conhecimento sobre prazos e procedimentos, dificultando o reconhecimento do direito.

Ignorar os prazos legais

Deixar passar o prazo para entrar com a ação trabalhista é um erro grave. O direito prescreve em cinco anos para fatos trabalhistas, e perder este prazo pode impedir qualquer reivindicação.

Não apresentar provas consistentes

Outro problema é apresentar provas frágeis ou incompletas, que não comprovem efetivamente a periculosidade. Depoimentos individuais sem respaldo técnico podem não ser suficientes.

Desconhecer o vínculo empregatício

Motoboys sem contrato formal frequentemente enfrentam dificuldade em conseguir o adicional, pois a relação de trabalho não está claramente estabelecida. Isso pode dificultar todo o processo judicial.

Dicas para evitar problemas

Organize toda a documentação, consulte um advogado trabalhista, respeite os prazos legais e busque laudos técnicos confiáveis. Com esses cuidados, a chance de sucesso na reivindicação aumenta significativamente.

Considerações finais sobre o adicional de periculosidade para motoboys

O adicional de periculosidade é um direito importante para motoboys que enfrentam riscos constantes em suas atividades diárias. Entender a legislação, reunir as provas corretas e contar com assessoria jurídica especializada são passos essenciais para garantir esse benefício.

Evitar erros comuns e respeitar os prazos legais aumentam as chances de sucesso na reivindicação do adicional. Conhecer seus direitos e agir de forma organizada pode fazer grande diferença na proteção e valorização do trabalho realizado.

Fique atento às condições da sua função e não deixe de buscar o que é seu por direito.

FAQ – Perguntas frequentes sobre adicional de periculosidade para motoboys

O que é o adicional de periculosidade para motoboys?

É um benefício trabalhista que paga um valor extra ao motoboy que exerce suas atividades em condições de risco, como exposição a acidentes e violência no trânsito.

Quem tem direito ao adicional de periculosidade?

Motoboys com vínculo empregatício que comprovem exposição constante a riscos graves, conforme laudos técnicos e evidências do ambiente de trabalho.

Como provar a exposição ao risco para receber o adicional?

É preciso reunir documentação como laudos técnicos, registros de acidentes, fotos e depoimentos que comprovem a periculosidade na função.

Qual o percentual do adicional de periculosidade sobre o salário?

O adicional corresponde a 30% do salário-base do trabalhador, conforme previsto na legislação trabalhista.

Posso requerer o adicional de periculosidade na justiça?

Sim, caso não receba o adicional, o motoboy pode ajuizar uma reclamação trabalhista com a ajuda de um advogado para requerer seus direitos.

Quais erros evitar ao reivindicar o adicional de periculosidade?

É fundamental evitar falta de documentação, não respeitar prazos legais, não consultar um advogado e apresentar provas insuficientes para garantir o sucesso no pedido.

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