Adicional de Periculosidade para Motoboys: Quem Tem Direito e Como Reivindicar

Motoboy tem direito a adicional de periculosidade quando sua função envolve exposição a riscos como trânsito intenso, transporte de materiais perigosos ou atuação em áreas violentas, garantindo 30% a mais sobre o salário-base conforme a Consolidação das Leis do Trabalho.

Você sabia que o motoboy tem direito a adicional de periculosidade em certas situações? Se a sua rotina envolve riscos por pilotar uma moto, entender seus direitos pode fazer toda a diferença no bolso e na segurança no trabalho.

O que é o adicional de periculosidade no trabalho

O adicional de periculosidade é um benefício previsto na lei trabalhista brasileira, concedido aos trabalhadores que exercem suas funções em ambientes ou condições que oferecem riscos à sua integridade física. Isso inclui atividades que envolvem inflamáveis, explosivos, energia elétrica, e, no caso dos motoboys, o risco da operação de motocicletas em vias públicas sujeitas a acidentes.

Esse adicional corresponde a 30% do salário-base do trabalhador, sem incluir outros benefícios ou adicionais, e é pago para compensar o perigo constante a que o profissional está exposto durante a execução de suas tarefas.

Fundamentos do adicional de periculosidade

O adicional está regulamentado principalmente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no artigo 193, além de normas complementares do Ministério do Trabalho. O conceito busca proteger o trabalhador que atua em condições que apresentam risco elevado, garantindo um ganho extra que reflita essa exposição.

Em relação aos motoboys, a característica da atividade — pilotar uma moto em trânsito intenso, com riscos de acidentes, roubo ou violência — justifica a aplicação do adicional.

Quando aplicar o adicional

O adicional deve ser pago somente quando ficar comprovado que o trabalho realmente implica perigo acentuado. A avaliação é feita por meio de perícia técnica que analisa o ambiente de trabalho e os riscos específicos da atividade.

Assim, para motoboys que usam motocicletas em entregas, transporte de cargas ou documentos em áreas com alto índice de violência ou tráfego perigoso, há grande chance de reconhecimento do direito.

Quem tem direito ao adicional de periculosidade entre motoboys

O direito ao adicional de periculosidade para motoboys é garantido aos profissionais que desempenham suas funções em condições que envolvem risco acentuado, especialmente quando estão expostos a ameaças constantes durante o trabalho. Isso inclui a pilotagem de motocicletas em trânsito intenso, transporte de cargas perigosas ou atividades realizadas em áreas com altos índices de criminalidade.

São beneficiados principalmente os motoboys que operam em serviços de entrega rápida, transporte de documentos e pequenas cargas, quando a natureza da função os coloca diante de riscos diários. A exposição a acidentes, roubos e violência urbana são fatores determinantes para o reconhecimento do direito.

Requisitos para ter direito ao adicional

Para receber o adicional, o trabalhador deve comprovar que sua atividade exige esforços constantes em ambiente perigoso. A confirmação normalmente ocorre por meio de laudo pericial ou avaliação técnica que identifica a presença de agentes nocivos ou situações perigosas no ambiente de trabalho.

Além disso, o motoboy precisa estar registrado em carteira assinada na função que implica risco, pois o benefício é aplicado conforme a função exercida e não apenas pelo fato de pilotar uma moto.

Atividades que normalmente asseguram o direito

  • Entregas em áreas de alto risco de violência urbana;
  • Transporte de produtos inflamáveis ou materiais perigosos;
  • Serviços realizados em períodos noturnos em locais perigosos;
  • Condução de motocicletas em tráfego intenso e perigoso;
  • Atuação em grandes centros urbanos com alto índice de acidentes.

Importante: O empregador deve garantir o adicional a todos os motoboys que comprovem exercer suas funções nessas condições, respeitando a legislação vigente.

Quais situações geram direito ao adicional de risco para motociclistas

O direito ao adicional de periculosidade para motociclistas é reconhecido em situações onde o trabalho envolve exposição a riscos significativos que podem causar acidentes ou danos à saúde. Motociclistas enfrentam diversos perigos diariamente, principalmente por operarem veículos em trânsito intenso, muitas vezes em condições adversas e com pressão por prazos curtos.

Principais situações que garantem o adicional

  • Transporte em zonas com alto índice de violência urbana, onde há risco de assaltos ou agressões;
  • Atividades que envolvem o transporte de materiais inflamáveis, explosivos ou substâncias perigosas, aumentando o risco de acidentes graves;
  • Trabalho em horários noturnos, quando a visibilidade é reduzida e o risco de acidentes é maior;
  • Circunstâncias em que o motociclista está exposto a condições climáticas adversas, como chuva forte e vento, aumentando as chances de queda ou acidente;
  • Operar em vias com tráfego intenso e áreas congestionadas que elevam os perigos do dia a dia;
  • Realização de entregas urgentes, sujeitas à pressa, que podem levar a manobras arriscadas e exposição maior ao perigo.

O que caracteriza o risco para fins legais

De acordo com a legislação, é necessário que haja uma perícia técnica que comprove a existência do agente perigoso no ambiente de trabalho. Essa avaliação considera fatores como a natureza da atividade e a frequência da exposição ao risco.

Portanto, motociclistas que trabalham em ambientes com estas características têm direito ao adicional de periculosidade, desde que a situação seja devidamente comprovada.

Base legal do adicional de periculosidade para motoboys

O adicional de periculosidade para motoboys está fundamentado principalmente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 193, que define as atividades consideradas perigosas e prevê o pagamento de um adicional de 30% sobre o salário-base ao trabalhador exposto a tais riscos.

Além da CLT, a Norma Regulamentadora NR-16 do Ministério do Trabalho complementa a legislação ao especificar as condições e atividades que geram direito ao adicional de periculosidade, incluindo aqueles que manipulam inflamáveis e motociclistas expostos a riscos no trânsito.

Legislação específica para motociclistas

Embora o texto legal não mencione explicitamente os motoboys, a jurisprudência e decisões de tribunais trabalhistas têm reconhecido que a pilotagem de motocicletas em vias públicas configura situação de risco, justificando a concessão do adicional.

Esse entendimento considera os perigos inerentes ao trânsito, como acidentes e violência urbana, que expõem o motociclista a riscos constantes, conforme definido na legislação.

Documentos e normas aplicáveis

  • CLT – Artigo 193: Define atividades perigosas e o cálculo do adicional.
  • NR-16 (Anexo 01): Lista as atividades e operações perigosas.
  • Jurisprudência do TST: Reforça o direito dos motoboys ao adicional de periculosidade.

Para garantir o recebimento, é importante que o trabalhador tenha o risco comprovado por meio de laudos técnicos ou avaliação especializada.

Como calcular o valor do adicional de periculosidade

O cálculo do adicional de periculosidade é baseado em uma porcentagem fixa de 30% sobre o salário-base do trabalhador, conforme previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). É importante destacar que esse adicional não incide sobre outros benefícios, como horas extras ou gratificações.

Passo a passo para calcular o adicional de periculosidade

  1. Identificar o salário-base: Verifique qual é o salário mensal bruto do trabalhador, excluindo adicionais e benefícios.
  2. Calcular 30% do salário-base: Multiplique o valor do salário-base por 0,30 para obter o valor do adicional.
  3. Somar o adicional ao salário: O valor do adicional deve ser somado ao salário para compor a remuneração total do motoboy.

Por exemplo, se o salário-base de um motoboy é R$ 1.500,00, o cálculo do adicional será: R$ 1.500,00 x 0,30 = R$ 450,00. Assim, o salário total com o adicional será R$ 1.950,00.

Outros pontos importantes

O adicional deve ser pago separadamente e evidenciado no contracheque. Caso o trabalhador exerça atividades em mais de uma função, o adicional será calculado conforme a função que implique maior grau de periculosidade.

Importante: O cálculo pode variar se houver acordos coletivos que prevejam regras diferentes, mas a regra geral é a prevista na CLT.

Formas de comprovar a periculosidade na função de motoboy

A comprovação da periculosidade na função de motoboy é essencial para garantir o pagamento do adicional previsto em lei. Essa comprovação geralmente é feita por meio de documentos e avaliações técnicas que atestam o grau de risco da atividade exercida.

Laudo pericial

O principal documento para comprovar a periculosidade é o laudo pericial elaborado por um especialista. Essa perícia técnica avalia o ambiente e as condições de trabalho do motoboy, identificando os agentes ou situações que representam riscos, como trânsito intenso, possibilidade de assaltos e exposição a materiais perigosos.

Documentos complementares

Além do laudo, outros documentos podem ajudar na comprovação, como relatórios de acidentes, registros de ocorrências e declarações da empresa que detalhem as condições de trabalho. É importante que estes documentos reforcem a exposição a riscos constantes.

Normas regulamentadoras e acordos coletivos

A Norma Regulamentadora NR-16 também pode servir como base para comprovar a periculosidade, listando atividades e operações perigosas. Em alguns casos, acordos ou convenções coletivas de trabalho podem estipular critérios específicos para o reconhecimento do adicional.

Importante: A comprovação deve ser realizada com base em documentação oficial, garantindo que o direito do motoboy seja respeitado e amparado pela lei.

Passos para reivindicar o adicional de periculosidade

Para reivindicar o adicional de periculosidade, o motoboy deve seguir alguns passos importantes que garantem seus direitos de acordo com a lei. O processo deve ser bem documentado e fundamentado para evitar problemas.

Documentação necessária

O trabalhador deve reunir documentos que comprovem o exercício da função em condições perigosas, como contratos de trabalho, comprovantes de registro em carteira e laudos periciais que atestem a exposição ao risco.

Comunicação ao empregador

O primeiro passo formal é informar o empregador sobre a intenção de exigir o adicional. Isso pode ser feito por meio de uma notificação escrita, solicitando o pagamento do benefício baseado nas condições da atividade exercida.

Busca por apoio jurídico

Se o empregador negar ou não responder, é recomendado buscar orientação com um advogado trabalhista ou sindicato da categoria, que poderá orientar sobre os direitos e procedimentos legais para a reivindicação.

Processo judicial

Quando não houver acordo amigável, o motoboy pode ingressar com uma ação trabalhista para exigir o pagamento retroativo do adicional. É fundamental apresentar laudos e provas que confirmem a periculosidade.

Dica importante: manter um registro detalhado de suas atividades diárias e condições de trabalho ajuda a fortalecer o caso.

Dicas para evitar problemas trabalhistas relacionados ao adicional

Evitar problemas trabalhistas relacionados ao adicional de periculosidade é fundamental para motoboys e empregadores manterem uma relação justa e tranquila. Algumas práticas simples ajudam a garantir que os direitos sejam respeitados e que não haja disputas judiciais.

Manter documentação atualizada

É essencial que o empregador mantenha a documentação do trabalhador atualizada, como contrato de trabalho e laudos periciais que comprovem a exposição ao risco. Para o motoboy, guardar comprovantes e registros da rotina pode ser um suporte valioso.

Uso correto dos equipamentos de segurança

O uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) é obrigatório e reduz o risco de acidentes. Motoboys devem estar sempre equipados com capacete, roupas adequadas e outros acessórios de segurança para minimizar riscos e garantir a integridade.

Comunicação clara sobre condições de trabalho

É importante que haja diálogo aberto entre empregado e empregador sobre as condições de trabalho e a exposição a riscos. A transparência evita mal-entendidos e facilita a resolução de conflitos.

Contratação formal e registro em carteira

A formalização do vínculo empregatício e o registro da função correta garantem o pagamento do adicional e protegem ambas as partes juridicamente.

Treinamentos e capacitação

Empresas devem investir em treinamentos que preparem os motoboys para lidar com os riscos da função, promovendo segurança e prevenção de acidentes.

Seguindo essas dicas, é possível reduzir riscos trabalhistas e assegurar que o adicional de periculosidade seja pago de forma justa e transparente.

Considerações finais sobre o adicional de periculosidade para motoboys

Entender o direito ao adicional de periculosidade é fundamental para garantir a segurança e valorização dos motoboys. Saber quando e como reivindicar esse benefício evita perdas financeiras e acidentes.

Empregadores e trabalhadores devem estar atentos às normas legais e manter uma relação transparente sobre os riscos envolvidos na atividade. O cumprimento dessas regras não só assegura os direitos como promove um ambiente de trabalho mais seguro e justo.

Por isso, fique atento às condições da sua função, busque sempre informações corretas e conte com apoio jurídico se necessário, para garantir o que é seu por direito.

FAQ – Perguntas frequentes sobre adicional de periculosidade para motoboys

O que é o adicional de periculosidade?

É um benefício pago a trabalhadores que exercem suas funções em condições que oferecem riscos à integridade física, correspondendo a 30% do salário-base.

Quem tem direito ao adicional de periculosidade entre motoboys?

Motoboys que atuam em condições de risco, como trânsito intenso, transporte de materiais perigosos ou áreas com alto índice de violência, têm direito ao benefício.

Como comprovar a periculosidade na função de motoboy?

Através de laudo pericial, avaliação técnica e documentos que comprovem a exposição a riscos durante o trabalho.

Como calcular o valor do adicional de periculosidade?

O adicional corresponde a 30% do salário-base do trabalhador, calculado multiplicando-se o salário por 0,30.

Quais são os passos para reivindicar o adicional de periculosidade?

Reunir documentação, comunicar o empregador, buscar apoio jurídico se necessário e, em último caso, ingressar com ação trabalhista.

Como evitar problemas trabalhistas relacionados ao adicional?

Manter documentação atualizada, usar equipamentos de segurança, formalizar o vínculo e manter comunicação clara com o empregador.

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Adicional de Periculosidade para Motoboys: Quem Tem Direito e Como Reivindicar

Motoboy tem direito a adicional de periculosidade de 30% sobre o salário base quando exerce atividades que expõem a riscos constantes, comprovados por laudo técnico ou perícia, garantindo assim remuneração extra pela exposição a acidentes e perigos no trânsito.

Motoboy tem direito a adicional de periculosidade? Essa dúvida é muito comum entre quem vive no corre do dia a dia sobre duas rodas. Mas, afinal, o que garante esse direito, quanto ele vale e de que forma dá para comprovar? Vamos por partes e entender direitinho esse tema, que mexe com a segurança e a remuneração desses profissionais tão importantes.

O que é adicional de periculosidade e quando se aplica

O adicional de periculosidade é um benefício previsto na lei trabalhista que garante um pagamento extra aos profissionais que exercem atividades expostas a riscos elevados, como inflamáveis, explosivos ou energia elétrica de alta tensão. Esse adicional corresponde a 30% sobre o salário base, sem incluir outros benefícios ou gratificações.

Para motoboys, a periculosidade está ligada principalmente ao contato constante com o trânsito e à exposição a acidentes, já que a profissão envolve dirigir motos em ambientes urbanos, muitas vezes em alta velocidade e sob condições adversas.

Quando o adicional de periculosidade se aplica? Ele é devido quando a atividade do trabalhador está enquadrada nas condições de risco previstas na legislação, especialmente em atividades que envolvam transporte de valores, produtos inflamáveis, explosivos ou que exponham o trabalhador a roubos e violência.

A legislação dispõe que o reconhecimento do direito depende da confirmação, por meio de perícia técnica, de que o ambiente ou função realmente apresentam risco. Para motoboys, isso inclui avaliações das condições de trabalho e dos riscos associados à condução de motocicletas.

Exemplos comuns de aplicação

Além dos motoboys, profissionais como eletricistas, frentistas de postos de combustível e vigilantes também têm direito ao adicional de periculosidade por estarem em ambientes com riscos comprovados.

Assim, para receber o adicional, o motoboy deve comprovar que seu trabalho o expõe a esses riscos, o que pode ser feito por meio de laudos técnicos ou acordos sindicais que reconheçam a periculosidade na função específica.

Regras da lei trabalhista para motoboys e motociclistas

A lei trabalhista brasileira estabelece normas importantes para proteger motoboys e motociclistas em seu ambiente de trabalho. Eles são considerados profissionais que exercem atividades perigosas, o que justifica direitos específicos em relação à segurança, jornada e adicional de periculosidade.

Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o motoboy deve receber o adicional de periculosidade sempre que estiver exposto a riscos constantes, como dirigir em trânsito intenso e transportar cargas que podem representar perigo.

Além disso, a jornada de trabalho para esses profissionais deve ser respeitada na mesma medida que para outros trabalhadores, com controle de horas extras garantido. A obrigação do empregador é fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs), como capacete, jaqueta de proteção, luvas e demais itens que minimizam riscos.

Direitos fundamentais previstos na legislação

  • Adicional de periculosidade de 30% sobre o salário base, nos casos previstos;
  • Fornecimento obrigatório de EPIs específicos para motociclistas;
  • Respeito à jornada de trabalho e intervalos legais para descanso;
  • Condições para seguro em casos de acidentes durante o trabalho;
  • Registro formal do vínculo empregatício para garantia de direitos trabalhistas.

Com relação aos motociclistas autônomos, apesar de não terem vínculo empregatício, a lei busca assegurar a segurança mínima e os direitos relacionados a segurança no trânsito e saúde ocupacional.

Quais atividades garantem o adicional de risco para motoboys

O adicional de risco para motoboys é devido quando o trabalhador desempenha atividades que o expõem a perigos reais, conforme definido pela legislação trabalhista e normas regulamentadoras. As funções que apresentam risco aumentam a chance de acidentes físicos, interrupções na integridade física ou até situações de violência.

Para motoboys, as atividades que geralmente garantem esse adicional incluem:

  • Transporte de cargas perigosas, como produtos inflamáveis, explosivos ou substâncias químicas;
  • Condução constante em vias movimentadas, com alto risco de acidentes de trânsito;
  • Atuação durante madrugadas ou horários noturnos em locais com maior incidência de violência ou assaltos;
  • Serviços que envolvam entrega de valores em dinheiro, como documento ou mercadorias de alto valor;
  • Exposição frequente a condições climáticas adversas que impactam na segurança do deslocamento.

Como identificar se a atividade tem direito ao adicional

A comprovação do direito ao adicional de risco depende da avaliação técnica, geralmente realizada por meio de perícia, que analisa o ambiente, os equipamentos utilizados e a rotina do motoboy. Além disso, acordos coletivos ou convenções sindicais podem reconhecer explicitamente determinadas funções como perigosas.

É fundamental que o motoboy ou o empregador verifiquem as especificações da atividade e busquem respaldo legal para garantir o pagamento correto do adicional quando aplicável.

Valor do adicional de periculosidade: como calcular

O adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário base do trabalhador, conforme previsto na legislação trabalhista brasileira. Para calcular corretamente esse valor, é importante entender quais componentes do salário serão considerados.

O cálculo do adicional é feito sobre o salário base, sem incluir dias extras, gratificações, comissões ou outros adicionais. Por exemplo, se o motoboy tem um salário base de R$ 1.500, o valor do adicional será: 30% de R$ 1.500, resultando em R$ 450 mensais.

Exemplo prático de cálculo

Suponha um motoboy que recebe R$ 2.000 como salário base. O cálculo do adicional de periculosidade será:

  • Salário base: R$ 2.000
  • Adicional (30%): R$ 2.000 x 0,30 = R$ 600
  • Salário total com adicional: R$ 2.000 + R$ 600 = R$ 2.600

Lembrando que o valor do adicional pode variar conforme o contrato e acordos coletivos, mas a regra geral é sempre o percentual fixo de 30% sobre o salário base.

É fundamental que o pagamento seja feito corretamente para garantir os direitos do motoboy e evitar ações trabalhistas futuras.

Como comprovar o direito ao adicional: documentos e provas

Para comprovar o direito ao adicional de periculosidade, o trabalhador precisa reunir documentos e provas que demonstrem a exposição habitual a riscos no ambiente de trabalho. Essa comprovação é essencial para que o empregador reconheça e pague o adicional corretamente.

Principais documentos para comprovação

  • Laudo técnico pericial: documento elaborado por profissional especializado que avalia as condições do ambiente de trabalho e identifica a presença de riscos que justificam o adicional.
  • PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário): relatório que contém informações detalhadas sobre as atividades exercidas, riscos e uso de equipamentos de proteção.
  • Contratos e acordos sindicais: que estabelecem condições específicas sobre o pagamento do adicional para determinadas categorias, incluindo motoboys.
  • Relatórios de acidente ou ocorrência: comprovando exposição a situações de perigo durante a rotina.
  • Declarações de testemunhas ou colegas de trabalho: que podem atestar as condições de risco enfrentadas.

Além dos documentos, é comum a realização de perícias judiciais ou extrajudiciais para avaliação técnica e confirmação dos riscos existentes.

Guardar esses documentos organizados e atualizados é importante para evitar dificuldades futuras em reivindicar o direito.

Diferença entre adicional de periculosidade e insalubridade

Adicional de periculosidade e adicional de insalubridade são benefícios trabalhistas distintos, garantidos pela CLT para compensar riscos diferentes aos quais o trabalhador pode estar exposto.

O adicional de periculosidade é devido a quem exerce atividade em contato com materiais inflamáveis, explosivos ou está exposto a risco de vida, como no caso dos motoboys que trafegam em trânsito intenso e perigoso. Ele equivale a 30% do salário base e visa compensar o risco imediato de acidentes graves.

Já o adicional de insalubridade se refere à exposição a agentes nocivos à saúde de forma contínua, como ruídos, calor, agentes químicos ou biológicos. A porcentagem varia conforme o grau de insalubridade: 10%, 20% ou 40%. O objetivo é compensar prejuízos à saúde do trabalhador ao longo do tempo.

Principais diferenças

  • Natureza do risco: Periculosidade envolve risco de acidentes fatais ou lesões graves; insalubridade envolve agentes que causam doenças ocupacionais.
  • Percentual: Periculosidade é fixo em 30%; insalubridade varia entre 10%, 20% e 40%.
  • Atividades: Periculosidade para motoboys que enfrentam risco de acidente no trânsito; insalubridade para exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos.
  • Acúmulo: O trabalhador não pode receber os dois adicionais simultaneamente, deve optar por aquele que lhe trazer maior benefício.

Conhecer essas diferenças é fundamental para que motoboys e empregadores garantam os direitos de forma correta e evitem disputas trabalhistas.

Passos para reivindicar o adicional na prática

Para reivindicar o adicional de periculosidade, o motoboy deve seguir etapas práticas que garantem seus direitos e asseguram o pagamento correto do benefício.

1. Reconhecer o direito

Antes de tudo, é fundamental identificar se a atividade exercida realmente gera exposição a riscos que caracterizam a periculosidade.

2. Solicitar a documentação necessária

Peça para o empregador o fornecimento de documentos que comprovem as condições de trabalho, como o laudo técnico ou o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).

3. Reunir provas e evidências

Organize documentos pessoais, contratos, declarações e registros que demonstrem a rotina laboral e a exposição ao perigo.

4. Procurar orientação jurídica ou sindical

Busque apoio junto a um advogado trabalhista ou ao sindicato da categoria para entender melhor seus direitos e o procedimento correto para reivindicar o adicional.

5. Solicitar o pagamento formalmente

Faça uma solicitação por escrito ao empregador reclamando o pagamento do adicional, com base nas provas e documentos reunidos.

6. Abrir processo judicial, se necessário

Se houver recusa ou demora injustificada, o motoboy pode buscar a Justiça do Trabalho para garantir o direito ao adicional, apresentando toda a documentação.

7. Manter o acompanhamento do processo

Acompanhe todos os trâmites legais até a resolução do caso, sempre com o suporte de profissionais especializados.

Seguir esses passos ajuda a garantir que o direito ao adicional de periculosidade seja respeitado, valorizando o trabalho e a segurança dos motoboys.

Considerações finais sobre o adicional de periculosidade para motoboys

O adicional de periculosidade é um direito essencial para motoboys que enfrentam diariamente riscos no trânsito e em suas atividades. Conhecer as regras, os tipos de atividades que garantem esse benefício e como comprovar o direito é fundamental para garantir uma remuneração justa.

Ao seguir os passos certos para reivindicar o adicional, o motoboy pode assegurar proteção financeira e reconhecimento pelo trabalho perigoso realizado. Este conhecimento fortalece a segurança e valoriza quem mantém o fluxo das cidades sobre duas rodas.

Seja atento aos seus direitos e busque sempre orientação legal ou sindical para garantir o que é seu por lei.

FAQ – Perguntas frequentes sobre adicional de periculosidade para motoboys

O que é o adicional de periculosidade?

É um benefício que garante um pagamento extra para trabalhadores expostos a riscos de acidentes graves, como os motoboys que trabalham em trânsito intenso.

Quais motoboys têm direito ao adicional de periculosidade?

Aqueles que realizam atividades que os expõem a risco constante, como dirigir em vias perigosas, transportar cargas inflamáveis ou valores.

Como o adicional de periculosidade é calculado?

Corresponde a 30% do salário base do trabalhador, sem incluir outros adicionais ou benefícios.

Quais documentos são necessários para comprovar o direito ao adicional?

Laudo técnico pericial, PPP, contratos ou acordos sindicais, declarações de testemunhas e relatórios de ocorrências.

Posso receber adicional de periculosidade e insalubridade ao mesmo tempo?

Não. O trabalhador deve optar por um dos dois adicionais, preferencialmente aquele que oferece maior benefício.

Como reivindicar o adicional de periculosidade na prática?

Reúna provas e documentos, solicite formalmente ao empregador e, se necessário, busque apoio jurídico ou sindical para entrar com uma ação trabalhista.

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